terça-feira, 10 de janeiro de 2012

Hoje minha única companheira veio me contar que vai passar uma semana fora. A primeira coisa que pensei: 'Meu Deus, com quem vou ficar?'. Apesar de às vezes chamarem de frescura de grávida, realmente me encontro num estado que não posso ficar sozinha, entrei oficialmente no 3º trimestre de gestação e a qualquer momento meu menino pode decidir vir.
É impressionante como todo mundo me olha com ar de: 'Ooooolha que lindo, ela tá grávida!'. Mal sabem o sufoco que passo. Claro que uma gravidez tem seu lado bom, é algo único na vida de uma mulher e com certeza eu nunca vou me esquecer dessa experiência. Mas a dor de cuidar de um filho sozinha...
E ninguém pode fazer nada. Ninguém vai sair do conforto de suas casas pra cuidar do filho dos outros. Ninguém tem compromisso nenhum comigo a não ser minha mãe, aliás, nem a minha mãe! É tão duro viver controlada, cheia de restrições, não poder viver a mesma vida que os meus amigos, tudo em prol desse ser que cresce dentro de mim. E é nessas horas que bate a tristeza de ter sido fraca a sete meses atrás, quando eu podia ter evitado isso tudo e hoje eu não estaria nessa situação. Vejo pais que babam por seus filhos, que ao verem sua mulher gerando um ser que é pedacinho dos dois ficam extremamente amorosos. É duro não ter esse carinho. É difícil não ser amada por ser mãe.
Queria ter alguém que nunca me desamparasse, alguém que soubesse engolir meus nervosismos a favor de cuidar do bebê, alguém que cuidasse de mim, alguém que fosse paciente com minhas chatices, mas é que eu tô tão cansada... Meus pés estão cansados e inchados desse peso, e antes que me julguem, não estou arrependida do meu filho, afinal, ele tem sido minha única esperança... Eu me arrependo é da má escolha da pessoa que fiz pra constituir uma "família" que nunca vai existir.

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