terça-feira, 26 de novembro de 2013

Além, adiante, alhures.


Fuja
Vá para as colinas
Vá para o raio que o parta
Ou para onde bem quiser
Que ainda sei do teu apreço
Vá! Corra! Depressa!
Ou irás enlouquecer
Com tantos absurdos plenos de (des)amor
Vá.

Fuja,
E me reencontre assim...
Como tu bem queiras.

Eloany Homobono
26 de novembro de 2013

quinta-feira, 21 de novembro de 2013

Sobre o calor de novembro


Canção para Belém

Antes eu nem te amava
Te deixava assim, passiva
Esperando entregar-te meu coração
E eis que o dia chegou

Caminhar por tuas ruas é sentir
As mãos que seguram as minhas
No entorno dos mais lindos lugares
Saborear a Estação das Docas
Guardar o Ver-o-Peso
Sentir-se livre na Igreja da Sé
Ver o pôr do sol através das Onze Janelas
E fortificar-me num Presépio

Espero reencontrar-te
Cada vez mais linda, mais formosa
Para enfim, chegando aí
Bater os pés naquele carimbó em Icoaraci

Eloany Homobono
20 de novembro de 2013

quarta-feira, 6 de novembro de 2013

She has a gun...

Grãos de Lembranças

E eis que, após longa espera, ela o encontrou. Podia ser um encontro feito os de novela, mas não. Foi real. Eles puderam se tocar,olhar, beijar. Enfim, estava consumado aquele momento tão aguardado.
Cada sensação era única e intensa, os pés pareciam não se calejar mais, afinal, não eram mais apenas um par de pés. Agora eram mãos dadas que caminhavam rumo a um destino ainda desconhecido. Ela simplesmente o aceito assim, puro, e assim dispôs-se a amá-lo, inteira e plena. Cheia de sonhos e estava entregue a dividi-los com ele.
Mas esqueceram-se de que se tratavam de destinos opostos, portanto, caminhos opostos. Quis a vida que tudo fosse assim, em tempo curto, curto demais. O que restou foram pequenos grãos. Grãos de lembranças. Todavia... Chega!
Acorda! Levanta-te e anda!
Existe um mundo que te espera ansioso, moça. Vá. Caminhe. Adieu.
E seja o anjo que te propusestes a ser.

Eloany Homobono
06 de novembro de 2013

terça-feira, 5 de novembro de 2013

E hás de ser feliz, minha pequena.

Do descompasso humano

Inconsequente, inconstante, incandescente. O prefixo faz toda a diferença? Assim sou,cheia de "ins", "as"... Composições de uma ou duas letras apenas que me classificam.
Existe ainda o mais complicado e, por isso, o que mais me define: INTENSA. Vivo. Revivo. Penso. Repenso. Mergulho. Continuo submersa, mas qualquer dia desses volto a superfície, não se incomode, caro leitor. Paz, não morro, não agora. Não adianta sarar a dor, ela é somente minha. Não adianta apagar-me o sorriso, ele é somente meu.
As lágrimas fluem através das palavras em tinta rubra, e se misturam ao lodo e sangue. Um tanto repulsivo, talvez, mas essa é a realidade. O desapego se faz necessário, e cada lembrança me convence disso. Perdão pelo ar decisivo que paira sobre a história que construí, depois desfiz (ou não). E, ironicamente, hoje nasceu um dia nublado, feito meu coração. Há de se iniciar um tempestuoso inverno, lá fora e aqui dentro.
Mas não he de temer: aguardo ansiosa pelo outono, que talvez demore, mas um dia há de vir.

Eloany Homobono
05 de novembro de 2013,
em exigências de libertação. Avante!

sábado, 2 de novembro de 2013

A Long Time Ago...

"Não há muito o que refletir
Nossos caminhos são esses
Curtos e
Cheios de bifurcações
E entramos por tais caminhos
Esquecendo de tantas e
Quantas pessoas morreram
Dentro de nós
E quantas vezes morremos
dentro de outros.
Mania de viver no presente.

Nosso tempo? É o agora."

(Eloany Homobono)